Seguidores

domingo, 18 de setembro de 2011

A voz que não desejo ouvir


Vou comprar o caos
para adoçar um desaforo
derrubar as leis do ostracismo
e lambuzar meu pessimismo
para driblar a dor do fingimento
ao desmentir suas verdades

Vou me enfurnar no anarquismo
pra ser de vez o antagonismo
e dissolver as mentiras que inventou

Só assim ficarei de bem com o bem
para espantar o mal que perambulando
vive a povoar de nuvens cinzentas, meu ciúme

Vou desfazer o ardume que me queima
e ao derreter a voz que escuto tanto
espetarei esse saltitante capetinha na parede.


Marçal Filho
Itabira MG
10/09/11

Nenhum comentário:

Postar um comentário