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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Amálgama



Transcorre o tempo frívolo
e lúdico se faz meu apelo,
entre um tema e outro
sou mais que ilusão
menos que desejo...

A divisão das incógnitas
busca a liga diáfana
parindo minh’alma
de fonte de dúvidas,
de resto de ideias,
de acertos precários...

Essa amálgama
se funde ao avesso
pra ter no começo
o enredo de eras,
já fui primavera
também fui verão
o outono me espera
pra outro invernar...

O ensejo rima meu sonho
mas ignora meu despertar,
minha ilusão passageira
é vez primeira para morrer;
e nessa busca de antes
minh’alma repousa
para de novo nascer.


Marçal Filho
Itabira MG
02/07/2009

Poema publicado na Revista ARGILA 2009 da Academia Brasileira de Poesia - Casa Raul de Leoni

Um comentário:

  1. Marçal, meu amigo querido
    esse poema penetrou até em meu DNA.

    Você só tem tesouros.

    Beijos.

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