Da janela do barraco lá do morro
meu olho arrisca enxergar o seu olhar
e tão distante vejo ao longe a maré
cobrir seu corpo mergulhando em preamar
E aquele olhar que eu pensava um dia ver
posso esquecer, jamais verei, só no sonhar
o morro prende-me em teu seio e eu já sei
que contradiz o meu desejo em solidão
Fico com o olhar dos meus anseios só aqui
contradizendo o mar de luxo e o calçadão
só me resta admirar o verde mar e o corpo seu
assim perdido aqui no morro, meu consolo é o violão.
Marçal Filho
Itabira MG
04/03/10
Mergulhar numa poesia assim é se afogar e ainda ter prazer. Obrigada por existir e insistir em me ensinar.
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