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domingo, 16 de maio de 2010

Versos de um poeta louco



Meu verso vive espirrando em desalinho
pois quase sempre me vê sozinho
sem partilha e ao Deus dará
e alterado busca a curva da esquina
soltando a mágoa amarra a sina
e se endoida de uma vez...

De longe já percebe o meu desmando
e nunca sabe se terei nova altivez
meu verso vive humilhado pelos cantos
e bem vê que, por onde a vida espreita
normalmente perco a reta e me definho outra vez...

Meu verso sabe que durante a vida inteira
só fiz tudo do jeito torto e, quando tento
me enveredar de outra maneira
novamente estrago tudo e me perco outra vez.


Marçal Filho
Itabira MG
15/05/2010

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