Seguidores

terça-feira, 26 de julho de 2011

RECLUSÃO


Passa por mim a voz do esquecimento
Um fingimento produzindo outro clarim
Leio um pasquim sem teor algum
Um documento que não se pode confiar

Minhas lembranças são tristonhas e ruins
Hoje nem sei o que faço nesse mundo
Um vagabundo sem nenhuma identidade
Minha verdade é pior que um olho vesgo

Só vejo por aqui um descontentamento
Meu eu reclama do contraste desse engodo
Cada minuto novo astuto faz a festa
E o que me resta será sempre o isolamento

Nessa partilha já não sobra nem vintém
Tanto porém que ninguém quer assumir
Se só me resta essa fala sem platéia
Melhor calar e aceitar meu eu recluso.

Marçal Filho
Itabira MG
19/07/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário