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terça-feira, 26 de julho de 2011

SAMBA DO ALZHEIMER


Minha mania de ser tão distraído
É caso sério carecendo internação
Mas só de olhar o pessoal da ambulância
Corro e me escondo por ter medo de injeção

Esse Alzheimer entra de sola no meu samba
A saideira será sempre a que virá
Sempre esqueço do que marquei com minha nega
No meu barraco hoje o bicho vai pegar

Da falação sei que não tenho escapatória
Pois sempre culpo o alemão do esquecimento
E assim sendo vou repetindo a ladainha
Essa mania só traz mais aborrecimento

A nega fala e fico mudo assobiando
De vez em quando invento até cantarolar
E o quebra pau só termina em noite alta
Quando ela dorme nos meus braços a soluçar


Marçal Filho
Itabira MG
14/07/2011

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