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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

É assim, que assim é



É na pinta da onça que o chumbo rebate
É na volta da curva que a reta começa
É na contradição que edito essa fala
É na rede do tempo que enrosco o desejo

É na salva de tiros que descubro o herói
É na ponta da lança que a caça desaba
É do ontem no hoje que o amanhã recomeça
É na pressa de tudo que destoa o querer

É na troca da farpa que a ferida se abre
É na deixa do amargo que o doce anuncia
É na onda do mar que a maré se levanta
É na perda do amor que a dor não acaba.

Marçal Filho
Itabira MG
27/11/2011

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