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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Asas, solfejos e versos



Uma voz que em mim ecoa
se fez pássaro na gaiola
teu calar me aperta o peito
passarinho que não voa

Soa triste meu versar
nessa sina melancólica
e um grito sufocado
sem ninguém pra consolar...

Voa, então, pensamento
Vá buscar minhas lembranças
Das canções de alegria
Pra espantar o sofrimento

Inunde a minha garganta
Com solfejos de esperanças
- Asas são a minha voz -
É a poesia que se encanta

Tanta é minha vontade
De soltar a voz do peito
Voa, voa, pássaro, ligeiro!
É chegada sua liberdade!


Marçal Filho & Lena Ferreira
Minas/Rio 12/05/2010

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