Meu verso vive espirrando em desalinho
pois quase sempre me vê sozinho
sem partilha e ao Deus dará
e alterado busca a curva da esquina
soltando a mágoa amarra a sina
e se endoida de uma vez...
De longe já percebe o meu desmando
e nunca sabe se terei nova altivez
meu verso vive humilhado pelos cantos
e bem vê que, por onde a vida espreita
normalmente perco a reta e me definho outra vez...
Meu verso sabe que durante a vida inteira
só fiz tudo do jeito torto e, quando tento
me enveredar de outra maneira
novamente estrago tudo e me perco outra vez.
Marçal Filho
Itabira MG
15/05/2010
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