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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

IMPOTÊNCIA



Persigo um ideal ilógico
e vejo a confusão metódica
desenho um anteprojeto lúdico
vejo-me sem causa e sem porvir
pois, quando defino a meta
nada posso construir...

Meu país no desterro vive
pobre sem ter liderança
percebo que na contra-dança
sobra as ilusões pra mim
vejo a cara deslavada do bandido
exibindo armas maquiando chagas
e o policial encolhido longe do motim...

Desisto do ideal sonhado
sou mais um culpado
do torpe e vil pecado
perdido nesse país tupiniquim
a distância da desigualdade aumenta
enquanto assustadoramente
a dignidade humana diminui...

Nada é tão aviltante e medíocre,
quanto a sensação de impotência.



Marçal Filho
Itabira MG
09/08/2010.

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