Sou poeta assim errante
Verso bambo e dissonante
Sem medida sem quinhão
À mercê do intolerante
Mesmo assim verso cantante
Sou metade da porção
Sou poeta de entrelinhas
Verso besta com riminhas
Gotejando em inversão
E teimoso protestando
Vou a vida rabiscando
E iludindo a ilusão
Sou poeta todo errado
Protestante e protestado
Acanhado em profusão
É que vivo nessa esteira
Minha rima sem viseira
Apedreja o que é chavão
Sou poeta sem rodeios
Vezes meio, vezes inteiro
Essa sim é minha versão.
Marçal Filho
Itabira MG
28/10/10
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