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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Descrição


Sou poeta assim errante
Verso bambo e dissonante
Sem medida sem quinhão

À mercê do intolerante
Mesmo assim verso cantante
Sou metade da porção

Sou poeta de entrelinhas
Verso besta com riminhas
Gotejando em inversão

E teimoso protestando
Vou a vida rabiscando
E iludindo a ilusão

Sou poeta todo errado
Protestante e protestado
Acanhado em profusão

É que vivo nessa esteira
Minha rima sem viseira
Apedreja o que é chavão

Sou poeta sem rodeios
Vezes meio, vezes inteiro
Essa sim é minha versão.

Marçal Filho
Itabira MG
28/10/10

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