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sábado, 29 de maio de 2010

Abóbada

Sigo este rio de águas claras num túnel límpido
que deságua numa cachoeira chamada coração
caminho navegando por ele, com todos os anseios
e arrepios densos buscando desejos e encantos frugais

Cada onda dissipada é singrada por meu navio;
belos matizes em flores e estrelas bordam nosso céu
sou o verso que transpira a tua flor risonha
para sentir teu cheiro e me perder entre mares e marés

Vejo uma deusa descendo as escadarias santas
para fincar em minhas terras, as bandeiras do destino
ocupo tua nau em meus veios e redefino metas e viagens
tantas linhas loucas invadem o labirinto de nossa tela lúdica...

Então:

Busco dosar a emoção que encanta o amor e a paixão
e pressinto a razão maior do meu pecar,
para serenamente entender, a menor razão do meu perdão.


Marçal Filho
Itabira MG
29/05/10

2 comentários:

  1. lindíssimo poema, como sempre. O amor não precisa de razões. Justificá-lo é o maior pecado. Dá voltas e mais voltas com palavras para explicar o inexplicável. Adoro seus poemas sempre! Abraços e beijos da fã que te segue sempre.

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  2. Que poema mais lindo poeta!!!

    Um mar...que em sua imensidão proclama a direção das aguas e das naus...belíssimo...encantador.

    Aplausos meus sempre e sempre...Beijos querido.

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