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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Para que os sonhos voltem




Lentamente, dia após dia;
vou deixando o pressuposto
abraçando a nostalgia
e, calmamente; sinto a vida rolar
sou pedra dum riacho humilde
que nem chega até o mar...

Se as águas seguem mansas
ao encontro de outras águas
as pedras, nas encostas ficam...

Eu, sem sentido permaneço pedra
mas meu espírito, como as águas
seguirá vagando para regar a vida...

Um dia, ainda conhecerei o mar e,
quando isso acontecer; minhas ilusões
passearão num barco a velas...

Sentado na areia aguardarei tranqüilo
o retorno de novos sonhos coloridos.


Marçal Filho
08/08/2010

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