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segunda-feira, 5 de outubro de 2009


A CAIXA E O POETA

Por acaso, na manhã,
quase diante de minha porta,
descubro uma caixa fechada.
A caixa não tem chave,
nem tampa aparente,
parecendo com sua
impenetrabilidade,
o próprio coração da gente.

E esse gosto amargo
traz mais um dia inerte
rebatendo em contramão;
e no caos das horas tristes
o poeta anoitece
desprendido do novelo,
mas se perdendo na ilusão...

JL Santos e Marçal Filho
Rio/Minas

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