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domingo, 19 de setembro de 2010

Até quando?




Tem vezes que olho as frases vazias
as rimas escassas, as casas sombrias
e o nó na garganta aperta outra vez

Tem dias que ouço a voz do fracasso
a falta de amor, nesse descompasso
e a minha esperança é só um talvez

Tem horas que na vida ouço outro grito
tingindo a distância, do que foi escrito
aí meu poema vive a mesquinhez

Então, a poesia previne outro enlace
nem outro disfarce aponta um querer
aí não tem jeito, o choro me vem
ao ver meu irmão, do crime, refém.


Marçal Filho
Itabira MG
15/09/2010

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