O mundo deu a volta
na ponta do meu lápis
da fotografia, pude ver
que um flash sombreou
do tempo no distúrbio
queria um novo tempo
pra ser do desalento
um nada que sobrou
Quis a visão do telescópio
com a película de cinema
só pra ter no teorema
a página que faltou
enquanto mestre Darwin
descobria um novo tema
pensei novo dilema
para outra evolução
.
E da metáfora viva
que vi no dicionário
pedi ao visionário
outra compreensão
e sob o cadafalso
notei que a guilhotina
pousava entre as retinas
dos olhos do ateu
De onde eu estava
ainda pude ver
com o uso do binóculo
por pura distração
ali, de capa preta
de bengala e de chapéu
pude sorrir pra Freud
que nada me explicou
A vida ainda me é, uma doce e duvidosa metáfora
Marçal Filho
Itabira MG
18/03/12
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