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quinta-feira, 22 de outubro de 2009



FRESTA

Sou daqueles que de soslaio
Vê a vida se deitar
Com o amor ignorante
Que faz o silêncio falar

Sou daqueles moradores
Antigos de um peito só
Que não largam do torrão
A não ser que vire pó

Nessa casa que é meu peito
Trancada por fora e por dentro
Vive a minha companheira
Que às vezes escapa no vento

Da bucólica fantasia
Que transborda meu inteiro
Sou metade do desejo
Que juntou teu outro meio

Sou mais lúdico que real
O acaso não me basta
Sou dos eus, um marginal
Ruminando a parte ingrata

Se me perco em outro meio
No sonhar dessa amargura
Me transporto noutro tempo
E no crepúsculo busco a cura.

Marcos Gacê / Marçal Filho
Itabira MG

2 comentários:

  1. Marçal prazer em te ler; Visitar teu blog é um passeio agradável e enriquecedor. Beijo.

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  2. Vanda Querida Amiga, muito obrigado pela visita e pelo comentário, Beijos e volte sempre, a casa é nossa!

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