DO OUTRO LADO DO MURO
Há um pai que lamenta
Pois o filho partiu
Sem bagagem, sem rumo
Lá se foi o menino
Que dizer do destino
Quando tudo esvaiu?
Que dizer da saudade
Da lembrança latente
Que fazer do desgosto
Remoendo a utopia
Da tristeza que veio
De uma falsa euforia?
E quem sabe o que havia
Do outro lado do muro,
Quando a mente vazia
Rebuscava o futuro,
E na ganância que ardia
Perdeu-se na mira
E caiu no obscuro?
Se a angústia confusa
Renitente persiste
Quem sabe outro dia
Outro filho, qual o pai...
Só viaje em sonhos
E por fim a intrusa tristeza indigesta
Dê lugar à esperança
E se atrase para a festa.
Saulo Campos / Marçal Filho e
José Carlos Resende
Itabira MG 01/11/2209.
Queridos poetas Itabiranos, voces são deuses na criação
ResponderExcluirParabens e beijo em todos
Ceição Bentes