Entre as dobras da canção
Vejo o verso escorrer
Como o sol do meu verão
Nos vitrais a reluzir...
E a saga das virtudes
Que imantam a ilusão
Tem a tez e ofusca o brilho
Que eu li no alcorão...
Tua veste, tua túnica
Teu sorriso, teu sonhar
São as dádivas que as eras
Me ajudaram a entender
E uma voz no meu ouvido
Me alerta teu querer
E as horas trazem o tempo
Que me leva pra você
Estava escrito
que chegarias na voz do vento
como um doce lamento
em busca de sons e de luz...
Trarias nas madrugadas dispersas
o inevitável sentido
nos grãos silábicos do tempo
que teu poema traduz...
Serias a saudade sem sombras,
a madrugada esvaída
o cheiro azul de um remanso
onde a esperança descansa.
Marçal Filho/Conceição Bentes
Itabira MG/Natal/RN
26/11/09
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